Segundo representantes de universidades particulares que fazem parte do programa - e que hoje já somam 1.400 instituições de ensino -, os bolsistas vêm mudando a dinâmica dos cursos. Para o coordenador central de graduação da PUC-Rio, Alfredo Jefferson de Oliveira, eles possuem um excelente rendimento acadêmico.
Primeiros formados do ProUni que estudaram na faculdade da Cidade e na Gama Filho. Amanda Neves e Gabriela Leite na faculdade Gama Filho - Cezar Loureiro
- O programa permitiu um maior acesso desses estudantes a cursos como Direito, relações internacionais e economia. Nestes quatro anos, percebemos que a média deles é até melhor que a dos outros alunos em alguns departamentos. Uma bolsista de engenharia química, por exemplo, ganhou um prêmio de iniciação científica.
Chefe do núcleo de atividades comunitárias da Gama Filho, João Henrique dos Santos faz uma análise semelhante:
- Eles vêm agregando grande valor, não apenas por uma questão de superação social, mas por terem a obrigatoriedade do bom desempenho acadêmico. São esses estudantes que puxam as notas dos cursos para cima.
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Na atual conjuntura os alunos bolsistas do ProUni têm recebido mais visibilidade, contudo, desde quando a PUC-Rio iniciou seu programa de bolsas de Ação Social(1994), esses bolsistas integrais começaram a ter destaque em diferentes espaços da Universidade, tanto no âmbito acadêmico, com excelente desempenho, pesquisas, estágios, qunto no movimento estudantil.
ResponderExcluirCom dez anos de Programa Ação Social tal mito já havia sido derrubado.
Os alunos bolsistas do ProUni, Programa criado em 2005, continuaram uma trilha já percorrida...pelo menos na PUC-Rio, que concordo, é uma instituição diferente em vários aspectos, dentre as demais Universidades privadas.
O que me parece muito diferente entre bolsistas Ação Social e ProUni, é o que chamamos de identidade social, o primeiro público sabe de onde vem, porquê e para que, tem uma identidade coletiva contruída nos espaços dos pré-vestibulares comunitários. Já os bolsistas do ProUni, entram na Universidade sozinhos, através de suas caminhadas diferenciadas contruídas atrvés de suas histórias individuais, falta uma certa "liga" entre estes alunos, e a vontade de ocupar espaços de direito.
Como criar essa identidade coletiva? Como fazer com que cada aluno do ProUni sinta-se parte de um todo? Como fazer com que se percebam sujeitos de direito e não de caridade seja ela, governamental ou institucional?
São indagações que deixo para vcs pensarem e se articularem.